O cancro da mama

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Testemunho de S., de Lisboa, diagnosticada em 2020

  • O que foi que lhe deu mais força ao longo do processo de recuperação?

Os meus filhos.

  • Manteve sempre a esperança? Se sim, o que ajudou?

Sim. O facto de os médicos me terem dito que os tratamentos eram eficazes e com muito sucesso.

  • Que conselho daria a quem recebeu neste momento um diagnóstico?

Que não se foque na doença, mas no percurso que tem de fazer para se curar.

  • Que conselho daria a quem está neste momento a passar por um processo de recuperação/início de recuperação?

Que faça absolutamente tudo o que os médicos dizem para fazer e não deixe de fazer nada que consiga fazer.

  • Qual a maior lição que retirou desta fase da sua vida?

Que as adversidades só são maiores do que nós se nós deixarmos. No final do percurso vamos continuar a ser nós próprios, com mais experiência de vida.

  • O que sentiu ao saber que estava recuperada?

Foi tudo muito gradual, mas sou hoje ainda mais feliz

  • O que sente ao saber que há cientistas que se dedicam exclusivamente a estudar esta doença e formas de tratamento?

Uma gratidão imensa. Devo aos cientistas a minha vida.

  • Que outras mensagens de força quer deixar para quem acabou de ser diagnosticado ou está em processo de tratamento?

O caminho faz-se um dia de cada vez e a ciência está sempre a evoluir. O desespero só prejudica o tratamento, portanto há que caminhar com calma e segurança.

  • Há algo mais que queira partilhar (uma história, um momento, etc)?

Quando rapei o cabelo mostrei à minha filha de 3 anos. Ela estranhou, eu disse simplesmente que tinha um “dói-dói ” no cabelo e tive de o cortar. Não houve mais perguntas. Ela habituou-se a ter uma mãe sem cabelo, sem hesitar, sem complicar. Esta naturalidade foi essencial para eu perceber que é isto mesmo, é só um dói-dói que se cura e eu sou a mesma mãe e a mesma mulher.