Análise a nível celular identifica populações imunes importantes na resposta a imunoterapia.
Cientistas do Centro Nacional de Cancro da China testaram uma terapia de combinação de quimioterapia (paclitaxel) com imunoterapia anti-PD-L1 (atezolizumab) em doentes com cancro da mama triplo negativo avançado.
Durante o período do tratamento vários aspectos foram analizados para estudar a dinâmica das alterações imunológicas. O estudo publicado recentemente da revista cientifica Cancer Cell mostrou que níveis elevados de linfócitos T, que são positivas para o marcador CXCL13 antes do tratamento, estão associados com a infiltração de macrófagos (células do sistema imunitário) proinflamatórios e com uma resposta mais eficaz à terapêutica combinada. Enquanto em doentes que respondem ao tratamento combinado descrito acima tiveram um aumento nestas células T CXCL13+, bem como de outras células do sistema imunitárioio, doentes que respondem a monoterapia com paclitaxel apresentam uma dimuição nos níveis destas populações.
Em conclusão, os autores realçam que a presença de células T CXCL13+ no microambiente tumoral é essencial para uma resposta eficaz a imunoterapias anti-PD-L1 e sugerem que a sua diminuição devido ao tratamento com paclitaxel pode comprometer os resultados desse tipo de estratégia (no caso concreto, atezolizumab) terapêutica em doentes com cancro da mama triplo negativo.